quarta-feira, 3 de setembro de 2008

PF prende dois acusados de devastar floresta amazônica

Agentes da Polícia Federal (PF) no Pará prenderam na terça-feira (2), em Altamira, no sudoeste do estado, um madeireiro e um contador acusados de abrir mais de 40 empresas fantasmas na região para derrubar a floresta e fazer extração ilegal de madeira. Oito mandados de busca e apreensão também foram cumpridos pela PF nos municípios de Altamira e Placas.
O delegado Jorge Eduardo explicou que o esquema consistia na utilização de "laranjas" para consolidar as fraudes. Os "laranjas" tinham seus nomes usados por contadores e madeireiros para a abertura das empresas fantasmas. Ainda de acordo com Aguiar, as madeireiras foram abertas entre os anos de 2003 e 2008 e fraudavam os sistemas de controle de exploração de produtos florestais, como créditos e guias florestais para o transporte ilegal de madeira.
Em alguns casos, os "laranjas" não tinham conhecimento das fraudes da quadrilha. Os acusados serão indiciados por falsidade ideológica, formação de quadrilha, utilização de documento falso e falsificação de documento particular para derrubar a floresta amazônica.
A investigação da PF começou há um ano. O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) produziu um relatório baseado em denúncia de uma das vítimas da quadrilha. O denunciante descobriu que era sócio de uma das madeireiras ao receber um comunicado de multa em sua residência.

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