terça-feira, 1 de abril de 2008

Rio pede a outros Estados que mandem pediatras

– A Secretaria de Saúde do Rio solicitou ontem a todos os Estados que enviem pediatras para atender crianças vítimas da dengue em três novos centros de tratamento que esperam apenas a contratação de 154 médicos para serem inaugurados. A secretaria também pediu ajuda à Sociedade de Pediatria do Estado do Rio (Soperj) para revisar os óbitos de crianças com o objetivo de identificar possíveis erros.
Ontem, o número de mortes na capital fluminense subiu de 31 para 44. Desses, 23 são de crianças de até 12 anos. Em todo o Estado, foram pelo menos 67 mortes. “Fazer a revisão dos óbitos é muito importante não apenas para que os mesmos erros não sejam cometidos, mas para que o Brasil comece a montar sua literatura da experiência do combate à doença. A dengue assumiu uma gravidade na infância jamais vista e nós temos pouca experiência no tema”, disse a presidente da entidade, Fátima Coutinho.
Ontem, em seu primeiro dia de funcionamento, os hospitais de campanha das Forças Armadas montados no Rio contaram pelo menos 405 casos de dengue. Duas crianças, uma de seis e outra de nove anos, foram diagnosticadas com dengue hemorrágica, a forma mais grave da doença.
Jéssica Abre da Silva, de 6 anos, chegou vomitando sangue no hospital de campanha da Aeronáutica, erguido na sede do clube Campestre, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, após percorrer quatro hospitais públicos e uma clínica durante 12 dias com sintomas da doença. No hospital de campanha da Marinha, montado em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, Lorran Mateus Pires da Silva, 9, também foi diagnosticado com dengue hemorrágica após chegar com sangue escorrendo pelo nariz. Devido à falta de leitos na rede pública, as duas crianças foram transferidas em uma UTI móvel para o hospital particular Menino Jesus de Praga, na cidade de Barra Mansa, a 110 quilômetros do Rio. A vaga só foi obtida porque a Secretaria Estadual de Saúde fez contratos com várias clínicas garantindo 68 leitos, 14 deles no Centro de Terapia Intensiva, 14 na CTI adulta e 40 na enfermaria adulta. O estado de ambos é considerado grave

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