O governador de Pernambuco, Eduardo Campos, afirmou que a filiação partidária do dirigente do Instituto Xingó não pesou na escolha da entidade para executar parcerias financiadas pela União, embora ambos sejam "militantes" do PSB.
"Gilberto Rodrigues é um técnico respeitado, geólogo com larga folha de serviços prestados", disse o governador, por meio da assessoria. "São, portanto, relacionamentos que individualmente devem ser considerados, ficando claro, porém, que a filiação partidária não foi o critério para a contratação do instituto", afirmou.
Segundo o governador, que acompanha a viagem de Lula à Holanda como integrante da comitiva oficial, a escolha do Instituto Xingó se deve à "história" e à "capacidade técnica" da entidade.Campos afirma que o conselho de administração da entidade é integrado por reitores de universidades federais, secretários de Estado e também por prefeitos.
"O MCT contratou a instituição e não o seu presidente", disse o governador.Eduardo Campos afirmou que, na época da apresentação da emenda parlamentar ao Orçamento de 2006, o instituto tinha outro dirigente, Moisés Aguiar, "sem nenhuma ligação política ou relação pessoal com o PSB de Pernambuco". Mas registros oficiais do Tesouro Nacional mostram que Gilberto Rodrigues responde oficialmente pela entidade desde o mês de março de 2005, data de um primeiro convênio com o ministério, não auditado pelo TCU.MinistroO Ministério da Ciência e Tecnologia informou não ter conhecimento da auditoria do tribunal, cujos resultados ainda não foram votados pelo plenário. Em resposta à Folha, a assessoria do ministro Sérgio Rezende afirmou que o desempenho do Instituto Xingó atende "até o momento" ao objeto do contrato com a pasta. A assessoria de Rezende destaca que o sentido estratégico de entidades como o Instituto Xingu "é o empoderamento das populações para aumentar a sua possibilidade e a sua capacidade de influir nas decisões públicas, além de possibilitar a mobilização de recursos".
quinta-feira, 10 de abril de 2008
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