O advogado Rogério Neres de Souza, defensor do pai e da madrasta da menina Isabella, visita na manhã desta quinta-feira (17) a casa da família Nardoni, na Zona Norte de São Paulo, onde disse que o casal está hospedado.
O movimento era tranqüilo em frente à casa da família esta manhã. A polícia, que disse ter sido chamada pela família devido ao constrangimento provocado pela presença de curiosos, já não fazia plantão no local e a aglomeração de desconhecidos também tinha diminuído. Um veículo da Polícia Militar (PM) passava vez ou outra pela região.
No começo na noite de quarta (16), um carro da PM foi estacionado na frente da casa. Os policiais afirmaram que os Nardoni sentiam-se inseguros por causa da intensa movimentação no local. A sala de imprensa da Polícia Militar informou que foi acionada para conter um "tumulto de populares" que se reuniram no portão da casa.
Desde que deixaram a prisão temporária, Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá têm ficado no local, alternando idas ao apartamento do pai da madrasta de Isabella, que fica em Guarulhos. De acordo com informações dos advogados, é lá que o casal tem se encontrado com os filhos de 3 anos e 11 meses.
Novo depoimento
Na tarde de quarta, o casal foi intimado a depor no 9º Distrito Policial, no Carandiru, na Zona Norte de São Paulo, na sexta-feira (18). Ainda não se sabe o horário dos depoimentos de Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá. No dia, a menina Isabella faria 6 anos. A informação foi confirmada na tarde desta quarta-feira (16) pela Secretaria de Segurança Pública (SSP). Além do casal, o pai de Alexandre, Antônio Nardoni, e a tia de Isabella, Cristiane, também foram intimados a depor, só que na tarde de sábado (19). O advogado de defesa do casal, Rogério Neres, disse por volta das 17h20, que o casal ainda não havia sido informado da intimação.
Testemunhas de defesa
Também na quarta, os advogados do pai e da madrasta de Isabella, que permaneceram por quase quatro horas no 9º Distrito de Polícia, disseram ter acompanhado o depoimento de duas testemunhas indicadas pela defesa do casal à polícia. “Essas testemunhas vêm comprovar: primeiro, a vulnerabilidade do Edifício London; segundo, vêm comprovar a perda das chaves [do apartamento] pela Anna Carolina e pelo Alexandre Nardoni e, terceiro, demonstrar que alguns de seus apartamentos ficavam abertos e expostos a qualquer um que quisesse entrar”, disse o advogado Ricardo Martins. De acordo com o advogado, as testemunhas ouvidas pela polícia prestam serviços no prédio - uma delas seria a corretora que vendeu o imóvel onde Alexandre Nardoni e Anna Carolina moravam e a outra seria uma comerciante que vendeu os móveis da casa para o casal. Uma dessas testemunhas, segundo o advogado, teria estado no prédio no dia do crime. Nesta quarta-feira, não estão marcados novos depoimentos, segundo informou a assessoria de imprensa da Secretaria de Segurança Pública (SSP). Entretanto, se a defesa apresentar outras testemunhas, elas podem ser ouvidas. Os advogados evitaram comentar detalhes da apuração da perícia, como, por exemplo, a suposta presença de um terceiro suspeito no apartamento, argumentando que os laudos do Instituto de Criminalística ainda não foram concluídos. "É perfeitamente possível ter havido uma terceira pessoa, uma quarta, uma quinta pessoa que eventualmente pudesse haver ocasionado esse delito", acrescentou Ricardo Martins.
quinta-feira, 17 de abril de 2008
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