“Sou inocente! Sou inocente!” foram as únicas palavras pronunciadas por Alexandre Nardoni assim que chegou ao 77º Distrito Policial, em Santa Cecília, na noite desta quinta-feira (3). Nardoni é pai de Isabella, de 5 anos, encontrada morta no jardim de um prédio na Zona Norte de São Paulo no sábado (29).
A polícia investiga em quais circunstâncias a menina teria caído do 6º andar. Desde o primeiro dia, o pai de Isabella afirma ser inocente. Ele afirma não ter encontrado a menina no cômodo onde a havia deixado dormindo e viu a tela de proteção na janela rasgada. Ele sustenta a versão de que alguém entrou na casa e cometeu o crime.
Na manhã desta quinta, o casal divulgou cartas nas quais afirma não ser culpado pela morte da criança e declara amor por Isabella. À tarde, Nardoni e Anna se apresentaram à Justiça, que decretou a prisão temporária na quarta-feira (2). Antes de ser encaminhado à delegacia, o estagiário de direito passou pelo Instituto Médico-Legal (IML) para exame de corpo de delito. Anna Carolina também esteve no IML antes de ir para o 89º Distrito Policial, no Portal do Morumbi.
Os dois só se apresentaram após os advogados negociarem condições que garantissem a segurança do casal. Um forte esquema policial, inclusive com a participação do Grupo de Operações Especiais (GOE), foi preparado para a chegada deles nas delegacias para onde foram encaminhados.
Na chegada ao 77º Distrito Policial, Nardoni, mesmo cercado pelos policiais, não escapou da manifestação de pessoas revoltadas com o caso. Diante das luzes das câmeras de tevês e com os gritos ao fundo de “Justiça! Justiça!”, ele se manifestou: “Sou inocente! Sou inocente!”. E nada mais disse. Nos próximos dias, o pai de Isabella ficará em uma cela sozinho, por ter diploma universitário. Na pequena cela em que ocupará, Alexandre não terá cama. Ele vai ter que dormir no chão em um colchonete.As visitas de familiares e conhecidos só serão permitidas de 15 em 15 dias. Tanto ele como Anna Carolina tiveram a prisão temporária decretada por 30 dias por contradições nos testemunhos. A prisão temporária pode ser prorrogada por mais um mês. Eventualmente, o casal será levado para prestar novos depoimentos no 9º DP, onde se concentram as investigações.
Detenção feminina
Sob forte esquema de segurança, Anna Carolina chegou por volta de 21h desta quinta-feira (3) ao 89º Distrito Policial. Por questões de segurança, ela está em uma cela separada das outras nove presas.Três carros do GOE escoltaram Anna Carolina, que chegou ao local no banco traseiro e tentou esconder as algemas com uma blusa sobre as mãos. Ao entrar na carceragem, foi hostilizada. Como o jantar é servido mais cedo – por volta de 18h – ela poderia fazer um lanche, segundo os funcionários da delegacia. A refeição servida normalmente é pão com mortadela, a pedido das próprias detentas.
sexta-feira, 4 de abril de 2008
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