Chuvas matam 11 pessoas e deixam 4 mil desabrigados na Paraíba

Ao menos 11 pessoas morreram na Paraíba em decorrência das chuvas que atingem o Estado há mais de duas semanas. Duas pessoas estão desaparecidas. O número de desabrigados e desalojados em todo o Estado é de cerca de 4.000, com aproximadamente 600 casas destruídas ou danificadas.
O governo estadual já solicitou o auxílio do Exército, que deve iniciar hoje o atendimento às vítimas.
No fim de semana, oito pessoas que nadavam em um rio e em uma barragem foram levadas pela força d'água. Até o final da tarde de hoje, o Corpo de Bombeiros já havia localizado seis corpos.
Em Itabaiana (92 km de João Pessoa), seis homens que nadavam no rio Paraíba foram levados pela força da correnteza. Eles utilizavam um tronco de árvore para descer o rio, que estava com grande volume de água por causa das chuvas. Devido à força da correnteza, de acordo com a Polícia Civil, os rapazes acabaram se soltando da madeira.
No domingo, um corpo foi encontrado e, até o final da tarde de ontem, mais quatro corpos haviam sido localizados pelos bombeiros --dois deles a três quilômetros do local em que o grupo entrou para nadar.
Na cidade de Santa Luzia (276 km da capital paraibana), duas pessoas, que nadavam no reservatório da barragem de mesmo nome, morreram afogadas. "O excesso de água está deixando os reservatórios muito profundos, o que é mais perigoso para quem não sabe nadar direito", disse o comandante-geral do Corpo de Bombeiros, Claudimar Nascimento.
Até o início da noite, apenas um corpo havia sido localizado.
No último dia 20, quatro pessoas de uma mesma família morreram em acidente causado pelo desmoronamento do asfalto de uma rodovia. No dia 21, o corpo de um homem, que havia sido levado pela correnteza de um rio foi encontrado.
Hoje, a chuva abriu uma cratera no km 38 da BR-101, em Mamanguape, que ficou parcialmente interditada por 12 horas. Ao menos 25 cidades estão em situação crítica no Estado. Em Sousa (436 km de João Pessoa), bombeiros retiraram cerca de 400 pessoas de suas casas, em um bairro que foi invadido pela água.