terça-feira, 25 de março de 2008
RIO DE JANEIRO: Dengue leva Ministério da Saúde a instalar gabinete de crise
Brasília e Rio de Janeiro - Começa a funcionar nesta segunda-feira (24), no Rio, o gabinete de crise do Ministério da Saúde para auxiliar os governos estadual e municipais no combate a dengue e no atendimento à população contaminada pela doença. Uma reunião à tarde entre representantes do ministério, das Forças Armadas e dos governos locais irá definir as prioridades de ação.O ministro da Saúde, José Gomes Temporão estará na cidade para eventos sobre aids e tuberculose, mas a participação dele no encontro não está prevista até o momento.“O problema maior é organizar a atenção básica. O que inclui de fornecimento de camas a plaquetas [componente do sangue indispensável para as transfusões]”, afirma o secretário-adjunto nacional de Vigilância em Saúde, Fabiano Pimenta. “Mas as prioridades estão sendo estudadas e serão definidas na reunião desta segunda, em parceria.”De acordo com o Ministério da Saúde, enquanto no restante do país houve uma queda de 40% na incidência dos casos de dengue neste início de ano, a capital fluminense superou em mais de 100% o número de casos em comparação ao mesmo período em 2007. Uma das falhas apontadas pelo ministério é a baixa implementação das equipes de saúde da família, que cobrem hoje apenas 8% da população do município.Durante viagem a Washington, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, disse que as Forças Armadas “estão dispostas a ajudar” no combate à dengue e no tratamento dos infectados com a doença. Jobim levantou a possibilidade de os hospitais de campanha participarem da ação, como há dois anos, durante a intervenção federal na saúde no estado.O secretário de Saúde do Rio, Sérgio Côrtes, já admitiu que o estado vive uma epidemia de dengue. Entre quarta e quinta-feira, em apenas um dia, foram notificados dois mil casos de pessoas contaminadas pela doença.Os governos locais ampliaram o número de leitos nos hospitais para receber pacientes e reforçaram as ações de prevenção. A população foi orientada a usar calças e blusas de manga comprida para evitar picadas do mosquito transmissor da dengue. O hemocentro reforçou o apelo por doadores de sangue.Moradores protestaram sábado e domingo contra o que classificam como falhas na prevenção da doença e atendimento aos pacientes. A Secretaria de Saúde de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, confirmou neste domingo a morte de um menino de 12 anos de idade com suspeita de dengue.A última morte confirmada pela Secretaria Municipal de Saúde foi de uma menina de 14 anos, moradora na Praça Seca, na zona oeste, em um hospital de Jacarepaguá. A dengue ainda pode ter causado a morte de um bebê de sete meses, que estava internado no Hospital Albert Schweitzer, em Realengo. Também está sendo investigada a morte de uma mulher grávida de oito meses, que teria contraído a doença.
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